Por cautela com avanço da covid, mercados internacionais têm queda
11 de janeiro de 2021


As Bolsas da Ásia fecharam em queda nesta segunda-feira, 11, diante da cautela de investidores com o avanço da covid-19 no mundo. Várias regiões da China já retomaram lockdowns para conter a doença. Só a Bolsa de Hong Kong foi na contramão, animada pela promessa do presidente eleito dos Estados UnidosJoe Biden, de estímulos fiscais trilionários, anunciada na última sexta-feira após o fim dos negócios asiáticos.

Na China continental, o índice composto de Xangai caiu 1,08%, a 3.531,50 pontos, e o de Shenzhen recuou 1,31%, a 15.115,38 pontos. Por lá, ainda repercutiu a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) do país asiático, que registrou deflação acumulada de 1,8% em 2020, evidenciando os impactos da pandemia de covid-19, cuja segunda onda já volta a afetar a atividade local. O avanço de 0,7% no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) acabou apenas monitorado.

O índice Kospi, da Bolsa de Seul, seguiu a tendência e perdeu 0,12% na sessão, para 3.148,45 pontos, mesmo com a disparada de 8,74% nas ações da Hyundai após notícia de que a montadora e a Apple vão assinar acordo para produção de veículos autônomos elétricos já em março. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em queda de 0,90%, a 6.697,20 pontos.

Por outro lado, o índice Hang Seng, de Hong Kong, conseguiu vencer o pessimismo e encerrou o dia em alta de 0,11%, aos 27.908,22 pontos. Investidores relatam otimismo com a política econômica expansionista que deve ser adotada no governo Biden, nos EUA, após o presidente eleito citar um novo pacote fiscal “de soma de trilhões de dólares” em discurso na semana passada.

A Bolsa de Tóquio não funcionou nesta segunda-feira devido a um feriado no Japão.

Futuros de NY, Bolsas da Europa e petróleo

A cautela com o crescimento de casos do novo coronavírus e a tendência de realização de lucros após os ganhos da semana passada deixam futuros de Nova York, Bolsas da Europapetróleo e juros dos Treasuries em queda. Com mais de 90 milhões de casos já confirmados em todo o mundo, a covid-19 volta a chamar atenção por seu repique na China, dona da maior demanda de petróleo do globo. O país asiático está retomando lockdowns em várias localidades para conter a doença.

Às 05h02, no horário de Brasília, o futuro do Dow Jones cedia 0,50%, acompanhado pelo do S&P 500 (-0,48%) e pelo do Nasdaq (-0,28%). Na Europa, o índice FTSE 100, da Bolsa de Londres, caía 0,31%, enquanto o DAX, de Frankfurt, recuava 0,61% e o CAC 40, de Paris, 0,21%. Já o barril de petróleo WTI para março operava em queda de 0,88%, aos US$ 51,77, e o de Brent para o mesmo mês marcava baixa de 1,29%, a US$ 55,27. Seguindo o mau humor global, os o juro da T-note de dois anos reduzia a 0,129% e o da T-note de dez anos, a 1,102%.

Twitter

As ações do Twitter tombam quase 7% no pré-mercado acionário de Nova York. Ainda que haja um pessimismo generalizado nesta segunda-feira com o avanço da covid-19, a tendência vendedora é maior nos papéis da rede social após a companhia decidir banir, em caráter definitivo, a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por “risco de incitamento à violência”. A decisão foi tomada após a invasão ao Congresso americano e gerou polêmica. ÀS 06h15 (de Brasília), o Twitter despencava 6,76% no pré-mercado.