A filial japonesa da Microsoft resolveu implantar um regime com quatro dias de trabalho por semana para seus funcionários. O desafio “Escolha Vida-Trabalho Verão 2019” aumentou mais um dia do fim de semana, liberando os colaboradores do trabalho nas sextas-feiras.
Além disso, encurtaram o tempo de reuniões e dinamizaram o contato através de conferências online. Segundo o relatório da empresa, divulgado na última quinta-feira (31), em comparação a agosto do ano passado, o faturamento aumentou em 40% por trabalhador.
O teste também baixou custos na filial, com diminuição de 23% no consumo de eletricidade e 59% em páginas impressas. A medida também foi positiva na visão dos funcionários: 92% deles demonstração satisfação pelo corte semanal, segundo o relatório divulgado.
A Microsoft está estudando realizar outro teste no período do inverno, com objetivo de incentivar o funcionário a utilizar as folgas de maneira mais flexível e a seu critério. No entanto, ainda não há indicações de mudanças e testes em outras filiais ao redor do mundo.
Japão e o excesso de trabalho
A Microsoft recebeu um desafio de diminuição de carga horaria semanal no Japão. A preocupação do país é o rápido envelhecimento da população causado pelas horas excessivas de trabalho e escassez de mão de obra. Shinzo Abe, primeiro-ministro do país, vem investindo em flexibilização de empresas e redução de horas extras em trabalho, em busca de frear a situação.
Uma empresa de gerenciamento, na Nova Zelândia, testou a mesma fórmula de trabalho da Microsoft por dois meses no ano passado. O resultado foi aumento do foco e diminuição do estresse da equipe.
Já no Reino Unido, o teste não foi para frente. Uma fundação de pesquisa científica cogitou a hipótese de dar folgas aos trabalhadores nas sextas-feiras, mas preferiu não implementar a ideia alegando alta complexidade.
