Ao todo, foram entrevistados 5.400 membros de equipes de TI de 30 países espalhados pelo mundo, levando em conta apenas empresas de médio porte.
Resultados preocupantes
Considerando apenas os participantes brasileiros, 38% dos entrevistados relataram que foram atingidos por um ransomware nos últimos 12 meses — deixando o país próximo da média global na categoria.
Além disso, o fator pandemia parece ter gerado um aumento nos golpes: 64% das empresas brasileiras entrevistadas notaram um aumento nos ataques cibernéticos em 2020. Isso torna o Brasil o terceiro país no mundo que mais teve aumento observado em cibercrimes, ficando atrás de Turquia (82%) e Suécia (80%).
Outro ponto importante é que os ataques estão mais elaborados e, para 53% das empresas brasileiras, as próprias equipes de TI não seriam capazes de bloquear sozinhas todas as ameaças.
Pagar ou não pagar?
O relatório indica ainda que o valor médio de pagamento de resgate em caso de ransomware no Brasil é de US$ 570 mil dólares (R$ 2,8 milhões, em conversão direta de moeda). Essa é uma prática não recomendada por especialistas, já que fortalecem a ação criminosa e não são uma garantia de recuperação dos dados, mas acontece em diversos casos.
Porém, há outro lado nessa história: o custo do impacto de um ransomware que tranca sistemas inteiros e paralisa atividades de empresas pode chegar a US$ 800 mil dólares (R$ 4 milhões).
No caso de empresas de grande porte, que não foram compreendidas na pesquisa, os números são muito maiores: a JBS, por exemplo, pagou R$ 55 milhões para destravar sistemas em junho de 2021. O ataque suspendeu por vários dias algumas atividades da marca.
via nexperts