“Liberdade é conseguir fazer o que temos vontade e realizar sonhos, sabendo que a situação é segura”, diz Ana Laura Magalhães, sócia da XP Investimentos
O brasileiro tem ganhado, nos últimos anos, gosto pelos investimentos. Não por acaso, a entrada de pessoas físicas na bolsa brasileira, a B3, disparou de 1,6 milhão no final de 2019 para 3 milhões no final de 2020.
E isso ocorre por uma série de razões. No campo macroeconômico, por exemplo, a Selic se encontra em um patamar historicamente baixo, obrigando os investidores a explorar outras opções para além da cansada poupança e dos títulos de renda fixa.
Também cresceu, e muito, a oferta de conteúdos sobre educação financeira e investimentos na internet. Influenciadores como Ana Laura Magalhães, dona da plataforma Explica Ana e hoje sócia da XP Investimentos, têm popularizado um segmento, antes restrito, para diversos públicos.
Paralelamente, corretoras de valores e até bancões entenderam o movimento e também começaram a trabalhar suas marcas com objetivo de reduzir o gap informacional que existe entre as empresas e seus possíveis clientes.
Com isso, foi se formando um movimento benigno que atrai cada vez mais brasileiros e permite que pessoas com perfis, rendas e objetivos diferentes invistam suas economias para obter um retorno no longo prazo.
É inegável, no entanto, que ainda existe certo receio, hoje infundado, por parte de quem ainda não investe. Há quem pense, por exemplo, que é preciso ter muito dinheiro para começar, o que não é o caso.
“Hoje o mercado financeiro brasileiro é bastante acessível, com vários investimentos tendo aplicação mínima de R$ 10. Mas até o ativo mais conservador do mercado nacional, que é o Tesouro Selic, tem aplicação mínima de R$ 100”, diz Ana Laura, que está lançando a maratona online Investir Transforma, com 4 episódios gratuitos.
“O que o investidor brasileiro precisa entender é que o objetivo de se investir não é ficar rico rapidamente, e sim ficar rico ao longo da vida. Então, a estratégia precisa ser maximizar o patrimônio ao longo do tempo. É isso que funciona e é isso que as pessoas precisam buscar.”
Aqui, é possível citar um exemplo clássico. Aos 19 anos, o megainvestidor Warren Buffett tinha US$ 10 mil investidos. 71 anos depois, aos 90, o Oráculo de Omaha tem uma fortuna estimada em US$ 109 bi, segundo ranking da Bloomberg.
No Brasil, o maior investidor pessoa física da B3, Luiz Barsi, também começou do zero. Operando no mercado na década de 1970, entendeu que poderia acumular capital se segurasse ações de empresas sustentáveis e coletasse os deus dividendos. Assim o fez e hoje é bilionário.
Não dá para dizer, é claro, que todas as pessoas que começarem a investir serão bilionárias no futuro. Mas existe algo palpável para todos: alcançar a liberdade financeira, mesmo este conceito sendo diferente para cada um de nós.
“A liberdade financeira é individual. Talvez conquistar um certo limite de patrimônio já seja considerado liberdade por alguns, e não por outros. Eu acredito que essa liberdade é facilmente notada quando nós conseguimos fazer o que temos vontade, realizar sonhos independente do momento de vida e saber que a sua situação estará segura”, diz Ana.
Depois disso, e tomando as decisões certas, o investidor pode almejar o próximo degrau, a independência financeira. Aqui, os rendimentos mensais dos seus investimentos serão suficientes para suprir todas as suas necessidades, sem a necessidade de depender de um salário.
Nessa linha, há passos simples elencados pela influenciadora que podem te ajudar a começar a trilhar seu caminho em busca deste objetivo.