Cerca de 50.000 postos de trabalho devem ser criados em 2022 pela chegada do 5G ao Brasil. É o que indica estimativa da Conexis, que reúne empresas de telecomunicação, e Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). As informações são do jornal O Globo.
As empresas de telecomunicação e os fornecedores de equipamentos já investem em profissionais para instalação de cabos e antenas necessários para 5ª geração da telefonia móvel.
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Além dos técnicos, o 5G abre um novo leque de possibilidades para especialistas em dados, inteligência artificial, impressão 3D e segurança da informação. As entidades estimam que, até 2025, o número de vagas ligadas ao 5G deve ultrapassar as 670 mil.
As principais operadoras de telecomunicações do país aumentaram seus investimentos, em 2021, em 4,8% em relação a 2020. Nos últimos 4 anos, o crescimento médio havia sido de 3,6%.
Quando os dados foram divulgados, em dezembro, Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis, disse que o carro-chefe dos investimentos deste ano será o 5G. O executivo afirmou que, apesar da chegada da nova geração da telefonia, o Brasil terá uma “transição suave” de tecnologias.
“O 4G continuará a se expandir no país. O 5G depende da evolução de outros setores produtivos: agricultura, industria, medicina, educação. Então, a depender do comportamento desses vetores, poderá estimular mais investimentos. Mas sempre na lógica de substituição tecnológica. É uma mudança de composição”, falou.
Em novembro de 2021, o Brasil realizou o leilão do 5G, que resultou, no total, em R$ 46,8 bilhões em arrecadação. O valor se refere à soma dos R$ 7,4 bilhões das outorgas (montantes que as vencedoras pagarão ao governo federal) e de R$ 39,4 bilhões em investimentos obrigatórios em infraestrutura, a partir dos compromissos assumidos pelas empresas.
Entre esses compromissos estão, por exemplo, a implantação de internet em escolas públicas e a instalação de redes de fibra ótica em diversos municípios do país.
“O 4G foi um avanço muito grande. Nós tivemos várias aplicações, como FaceTime, WhatsApp, Uber. Depois do 5G, outras novas virão. Vamos ter, por exemplo, todo o agronegócio conectado. Teremos cirurgias à distância; na educação, as crianças terão 5G –poderão estudar usando realidade aumentada e terão um conhecimento muito avançado”, disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em meados de dezembro.