Tesouro Direto ou Previdência Privada: qual é o melhor investimento?
4 de julho de 2023


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Quando se trata de garantir uma vida financeira mais tranquila no futuro, duas opções populares surgem: Tesouro Direto e Previdência Privada.

Vamos explicar essas duas modalidades de investimento e ajudá-lo a entender qual pode ser a melhor escolha para você. Continue lendo para descobrir mais!

O que é Tesouro Direto?

O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite investir em títulos públicos de forma acessível e segura. Por meio desse investimento, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros em troca.

O Tesouro Direto é indicado para quem busca investimentos de baixo risco, liquidez e flexibilidade.

O Tesouro Direto é indicado para quem busca investimentos de baixo risco, liquidez e flexibilidade.  Fonte:  GettyImages 

 

Além do Tesouro Direto, há outras opções de investimento em renda fixa que podem render mais, como:

  • Certificados de depósito Bancário (CDBs);
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs);
  • Letras de crédito do Agronegócio (LCAs);
  • Certificado de recebíveis imobiliários (CRIs);
  • Certificado de recebíveis do Agronegócio (CRAs);
  • Debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado.

Como funciona a Previdência Privada?

A Previdência Privada é um tipo de investimento voltado para a aposentadoria, oferecido por instituições financeiras e seguradoras. Nesse modelo, você faz contribuições periódicas e acumula um montante que será utilizado no futuro, quando você se aposentar.

A Previdência Privada é recomendada para quem deseja complementar a Previdência Social e ter uma renda estável na aposentadoria.

Qual a previdência privada mais vantajosa?

Cada plano de Previdência Privada possui características distintas, portanto, é essencial analisar qual se adequa melhor aos seus objetivos financeiros e perfil de investidor.

Os fatores renda, objetivos de longo prazo e benefícios fiscais devem ser avaliados antes de investir em Previdência Privada.

Os fatores renda, objetivos de longo prazo e benefícios fiscais devem ser avaliados antes de investir em Previdência Privada. Fonte:  GettyImages 

 

Ao escolher uma Previdência Privada, é importante considerar alguns aspectos, como taxas, rentabilidade, prazos e flexibilidade de resgates.

Afinal, o que é melhor: Tesouro Direto ou Previdência Privada?

A escolha entre Tesouro Direto e Previdência Privada depende do seu perfil de investidor, necessidades, objetivos financeiros e tolerância ao risco. Então, atente-se aos detalhes!

Tesouro Direto pode ser mais indicado para quem busca maior flexibilidade e controle sobre o investimento, além de oferecer opções com diferentes prazos e indexadores.

Já a Previdência Privada pode ser vantajosa para aqueles que desejam uma estratégia de longo prazo, com benefícios fiscais e uma gestão profissional do investimento.

É recomendado pesquisar e avaliar cada opção com cuidado, levando em consideração seu perfil financeiro e consultando um especialista, se necessário.

Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, as principais diferenças entre investir no Tesouro Direto e em Previdência Privada podem ser vistas em 10 tópicos:

1 – Taxa de administração

O Tesouro Direto não apresenta taxa de administração, enquanto na Previdência Privada, ela é cobrada anualmente e incide sobre o valor total aplicado. Victorino ressalta que há poucos fundos de previdência privada que não cobram taxa de administração, mas eles são raros.

2 – Taxa de carregamento

A taxa de carregamento na previdência privada é uma cobrança que algumas instituições financeiras podem fazer sobre os valores que você investe ou aporta em seu plano de previdência.

Especialistas em planejamento financeiro podem auxiliar investidores iniciantes.

Especialistas em planejamento financeiro podem auxiliar investidores iniciantes. Fonte:  GettyImages 

 

Em termos mais simples, imagine que você está investindo em um plano de previdência privada para garantir sua aposentadoria. Sempre que um valor é adicionado ao montante total, essa taxa é cobrada. Por exemplo, se você investe R$ 10.000 em seu plano e a taxa de carregamento é de 1%, serão descontados R$ 100 dessa quantia, e o valor investido será de R$ 9900.

Victorino alerta: “É recomendado que se busquem planos de previdência com as menores taxas possíveis ou que isentem os investidores dessa taxa, a fim de garantir maiores benefícios financeiros”.

Ao investir no Tesouro Direto, você não paga taxa de carregamento, mas há taxas de custódia – que explicaremos a seguir!

3 – Taxa de custódia

Ao investir no Tesouro Direto, você paga apenas as taxas de custódia e de administração. A taxa de custódia é cobrada pela B3 (antiga BM&FBOVESPA) e corresponde a 0,25% ao ano sobre o valor total dos títulos custodiados, sendo descontada semestralmente.

De acordo com o especialista consultado, o Tesouro RendA+ não tem taxa de custódia se levar o título até o vencimento.

Por outro lado, existem opções de planos de previdência privada que não exigem o pagamento dessa taxa de custódia e é responsabilidade do investidor analisar e comparar as alternativas para encontrar a mais vantajosa.

4 – Remuneração do investimento

Quando se trata da remuneração do investimento no Tesouro Direto, você pode escolher entre diferentes formas de remuneração do seu investimento: pré-fixado, pós-fixado ou misto. Cada opção possui suas próprias características e riscos, confira:

  • Pré-fixado: você sabe exatamente qual será a taxa de juros que irá receber ao longo do período de investimento no momento da compra do título. Portanto, mesmo que as condições econômicas mudem, a remuneração do seu investimento permanecerá a mesma;
  • Pós-fixado: está atrelado a uma referência específica, como a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central). Portanto, se a taxa Selic aumentar, seu investimento renderá mais, e se a taxa Selic diminuir, seu rendimento também reduzirá;
  • Misto: o rendimento do investimento é determinado por uma taxa de juros adicional, além de acompanhar a variação de um índice de inflação, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Dessa forma, seu investimento estará protegido contra a inflação.

Já o rendimento da Previdência Privada pode ser obtido por meio de investimentos em renda fixa e/ou renda variável. É fundamental avaliar as características do plano escolhido, a política de investimento, as taxas envolvidas e o perfil do investidor para tomar uma decisão adequada.

5 – Tributação

No Tesouro Direto, você pagará o IOF nos primeiros trinta dias e o Imposto de Renda com alíquota regressiva sobre os rendimentos.

IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras.

IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras.  Fonte:  GettyImages 

 

Ou seja, quanto mais tempo você mantiver o investimento, menor será a alíquota de imposto a ser cobrada sobre os rendimentos obtidos. Atualmente, as alíquotas variam de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo de resgate do título.

Na Previdência Privada, você tem a possibilidade de deduzir parte dos seus aportes no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Essa dedução reduz a base de cálculo do Imposto de Renda, gerando um benefício fiscal.

Após um período de 10 anos de aplicação como investidor de um fundo de previdência, paga-se somente 10% de Imposto de Renda sobre os rendimentos.

6 – Resgate

No Tesouro Direto, você tem a flexibilidade de realizar o resgate dos seus títulos em qualquer momento, de acordo com os valores de mercado.

Na Previdência Privada, o resgate está sujeito a um prazo de carência, período no qual você não poderá resgatar o valor investido. Esse prazo varia de acordo com o plano e as condições estabelecidas no contrato. Caso você precise resgatar o dinheiro com urgência, pode haver a cobrança de uma multa proporcional ao valor resgatado.

7 – Sucessão patrimonial

Ao escolher entre Tesouro Direto e Previdência Privada, é importante considerar também a forma como esses investimentos serão tratados em termos de herança.

Se a agilidade na transferência de recursos aos herdeiros é uma preocupação, a previdência privada pode ser uma opção mais vantajosa, pois permite indicar beneficiários para receberem diretamente os valores investidos, sem a necessidade de passar pelo processo de inventário.

8 – Acessibilidade

O Tesouro Direto se destaca pela sua acessibilidade, com títulos disponíveis a partir de valores próximos a R$ 30, enquanto a Previdência Privada pode exigir um investimento mínimo mais elevado, porém oferece opções de planos que se adaptam a diferentes perfis de investidores.

9 – Frequência de recebimento de proventos

No Tesouro Direto, alguns títulos oferecem o pagamento de juros em base semestral, proporcionando um fluxo de renda periódico a cada seis meses. Já na Previdência Privada, os benefícios e proventos são recebidos no momento do resgate ou no início do recebimento dos benefícios recorrentes, como uma renda mensal.

10 – Risco

O Tesouro Direto é considerado um investimento de baixo risco, garantido pelo Tesouro Nacional, o que proporciona maior segurança ao investidor. Já a Previdência Privada não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e o nível de risco pode variar dependendo do perfil do fundo escolhido, sendo importante avaliar o risco do fundo e alinhar com os objetivos e perfil de investimento do investidor.

Diante das explicações, fica evidente a necessidade de estudar sobre o mercado financeiro para fazer investimentos conscientes. Assim, você estará construindo um caminho sólido para a realização dos seus objetivos financeiros!

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