Quando se trata de garantir uma vida financeira mais tranquila no futuro, duas opções populares surgem: Tesouro Direto e Previdência Privada.
Vamos explicar essas duas modalidades de investimento e ajudá-lo a entender qual pode ser a melhor escolha para você. Continue lendo para descobrir mais!
O que é Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite investir em títulos públicos de forma acessível e segura. Por meio desse investimento, você empresta dinheiro ao governo e recebe juros em troca.
O Tesouro Direto é indicado para quem busca investimentos de baixo risco, liquidez e flexibilidade. Fonte: GettyImages
Além do Tesouro Direto, há outras opções de investimento em renda fixa que podem render mais, como:
- Certificados de depósito Bancário (CDBs);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCIs);
- Letras de crédito do Agronegócio (LCAs);
- Certificado de recebíveis imobiliários (CRIs);
- Certificado de recebíveis do Agronegócio (CRAs);
- Debêntures – títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado.
Como funciona a Previdência Privada?
A Previdência Privada é um tipo de investimento voltado para a aposentadoria, oferecido por instituições financeiras e seguradoras. Nesse modelo, você faz contribuições periódicas e acumula um montante que será utilizado no futuro, quando você se aposentar.
A Previdência Privada é recomendada para quem deseja complementar a Previdência Social e ter uma renda estável na aposentadoria.
Qual a previdência privada mais vantajosa?
Cada plano de Previdência Privada possui características distintas, portanto, é essencial analisar qual se adequa melhor aos seus objetivos financeiros e perfil de investidor.
Os fatores renda, objetivos de longo prazo e benefícios fiscais devem ser avaliados antes de investir em Previdência Privada. Fonte: GettyImages
Ao escolher uma Previdência Privada, é importante considerar alguns aspectos, como taxas, rentabilidade, prazos e flexibilidade de resgates.
Afinal, o que é melhor: Tesouro Direto ou Previdência Privada?
A escolha entre Tesouro Direto e Previdência Privada depende do seu perfil de investidor, necessidades, objetivos financeiros e tolerância ao risco. Então, atente-se aos detalhes!
O Tesouro Direto pode ser mais indicado para quem busca maior flexibilidade e controle sobre o investimento, além de oferecer opções com diferentes prazos e indexadores.
Já a Previdência Privada pode ser vantajosa para aqueles que desejam uma estratégia de longo prazo, com benefícios fiscais e uma gestão profissional do investimento.
É recomendado pesquisar e avaliar cada opção com cuidado, levando em consideração seu perfil financeiro e consultando um especialista, se necessário.
Segundo o especialista em finanças pessoais, João Victorino, as principais diferenças entre investir no Tesouro Direto e em Previdência Privada podem ser vistas em 10 tópicos:
1 – Taxa de administração
O Tesouro Direto não apresenta taxa de administração, enquanto na Previdência Privada, ela é cobrada anualmente e incide sobre o valor total aplicado. Victorino ressalta que há poucos fundos de previdência privada que não cobram taxa de administração, mas eles são raros.
2 – Taxa de carregamento
A taxa de carregamento na previdência privada é uma cobrança que algumas instituições financeiras podem fazer sobre os valores que você investe ou aporta em seu plano de previdência.
Especialistas em planejamento financeiro podem auxiliar investidores iniciantes. Fonte: GettyImages
Em termos mais simples, imagine que você está investindo em um plano de previdência privada para garantir sua aposentadoria. Sempre que um valor é adicionado ao montante total, essa taxa é cobrada. Por exemplo, se você investe R$ 10.000 em seu plano e a taxa de carregamento é de 1%, serão descontados R$ 100 dessa quantia, e o valor investido será de R$ 9900.
Victorino alerta: “É recomendado que se busquem planos de previdência com as menores taxas possíveis ou que isentem os investidores dessa taxa, a fim de garantir maiores benefícios financeiros”.
Ao investir no Tesouro Direto, você não paga taxa de carregamento, mas há taxas de custódia – que explicaremos a seguir!
3 – Taxa de custódia
Ao investir no Tesouro Direto, você paga apenas as taxas de custódia e de administração. A taxa de custódia é cobrada pela B3 (antiga BM&FBOVESPA) e corresponde a 0,25% ao ano sobre o valor total dos títulos custodiados, sendo descontada semestralmente.
De acordo com o especialista consultado, o Tesouro RendA+ não tem taxa de custódia se levar o título até o vencimento.
Por outro lado, existem opções de planos de previdência privada que não exigem o pagamento dessa taxa de custódia e é responsabilidade do investidor analisar e comparar as alternativas para encontrar a mais vantajosa.
4 – Remuneração do investimento
Quando se trata da remuneração do investimento no Tesouro Direto, você pode escolher entre diferentes formas de remuneração do seu investimento: pré-fixado, pós-fixado ou misto. Cada opção possui suas próprias características e riscos, confira:
- Pré-fixado: você sabe exatamente qual será a taxa de juros que irá receber ao longo do período de investimento no momento da compra do título. Portanto, mesmo que as condições econômicas mudem, a remuneração do seu investimento permanecerá a mesma;
- Pós-fixado: está atrelado a uma referência específica, como a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira, definida pelo Banco Central). Portanto, se a taxa Selic aumentar, seu investimento renderá mais, e se a taxa Selic diminuir, seu rendimento também reduzirá;
- Misto: o rendimento do investimento é determinado por uma taxa de juros adicional, além de acompanhar a variação de um índice de inflação, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Dessa forma, seu investimento estará protegido contra a inflação.
Já o rendimento da Previdência Privada pode ser obtido por meio de investimentos em renda fixa e/ou renda variável. É fundamental avaliar as características do plano escolhido, a política de investimento, as taxas envolvidas e o perfil do investidor para tomar uma decisão adequada.
5 – Tributação
No Tesouro Direto, você pagará o IOF nos primeiros trinta dias e o Imposto de Renda com alíquota regressiva sobre os rendimentos.
IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras. Fonte: GettyImages
Ou seja, quanto mais tempo você mantiver o investimento, menor será a alíquota de imposto a ser cobrada sobre os rendimentos obtidos. Atualmente, as alíquotas variam de 22,5% a 15%, de acordo com o prazo de resgate do título.
Na Previdência Privada, você tem a possibilidade de deduzir parte dos seus aportes no Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Essa dedução reduz a base de cálculo do Imposto de Renda, gerando um benefício fiscal.
Após um período de 10 anos de aplicação como investidor de um fundo de previdência, paga-se somente 10% de Imposto de Renda sobre os rendimentos.
6 – Resgate
No Tesouro Direto, você tem a flexibilidade de realizar o resgate dos seus títulos em qualquer momento, de acordo com os valores de mercado.
Na Previdência Privada, o resgate está sujeito a um prazo de carência, período no qual você não poderá resgatar o valor investido. Esse prazo varia de acordo com o plano e as condições estabelecidas no contrato. Caso você precise resgatar o dinheiro com urgência, pode haver a cobrança de uma multa proporcional ao valor resgatado.
7 – Sucessão patrimonial
Ao escolher entre Tesouro Direto e Previdência Privada, é importante considerar também a forma como esses investimentos serão tratados em termos de herança.
Se a agilidade na transferência de recursos aos herdeiros é uma preocupação, a previdência privada pode ser uma opção mais vantajosa, pois permite indicar beneficiários para receberem diretamente os valores investidos, sem a necessidade de passar pelo processo de inventário.
8 – Acessibilidade
O Tesouro Direto se destaca pela sua acessibilidade, com títulos disponíveis a partir de valores próximos a R$ 30, enquanto a Previdência Privada pode exigir um investimento mínimo mais elevado, porém oferece opções de planos que se adaptam a diferentes perfis de investidores.
9 – Frequência de recebimento de proventos
No Tesouro Direto, alguns títulos oferecem o pagamento de juros em base semestral, proporcionando um fluxo de renda periódico a cada seis meses. Já na Previdência Privada, os benefícios e proventos são recebidos no momento do resgate ou no início do recebimento dos benefícios recorrentes, como uma renda mensal.
10 – Risco
O Tesouro Direto é considerado um investimento de baixo risco, garantido pelo Tesouro Nacional, o que proporciona maior segurança ao investidor. Já a Previdência Privada não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e o nível de risco pode variar dependendo do perfil do fundo escolhido, sendo importante avaliar o risco do fundo e alinhar com os objetivos e perfil de investimento do investidor.
Diante das explicações, fica evidente a necessidade de estudar sobre o mercado financeiro para fazer investimentos conscientes. Assim, você estará construindo um caminho sólido para a realização dos seus objetivos financeiros!
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