O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou que o projeto-piloto do real digital, a futura moeda virtual oficial do país, começará em março deste ano. A previsão é que a moeda esteja funcionando para o público até o final de 2024.
A moeda digital será uma extensão do dinheiro utilizado atualmente e não será necessária uma nova regulamentação para lançá-la no país, pois será aproveitada a norma já existente para os depósitos bancários. O projeto está sendo desenvolvido pelo Banco Central em parceria com diversas instituições.
Entre as vantagens do real digital estão o menor custo de intermediação, maior eficiência, inclusão digital e a possibilidade de monetização. O real digital será emitido pelo Banco Central e terá sua custódia na própria instituição, além de poder ser trocado pelo real tradicional e ter a mesma cotação frente a outras moedas.
Diferença entre real digital, Pix e criptomoedas
O valor do real digital é garantido pelo dinheiro oficial do Brasil e não flutua como as criptomoedas.Fonte: Pexels/Daniel Dan/Reprodução
O Pix e o real digital têm um grande potencial de realizar a inclusão digital e financeira de milhões e brasileiros. No entanto, são duas iniciativas diferentes. Enquanto o Pix é um método de pagamento, o real digital funciona como uma moeda virtual emitida pelo Banco Central que tem o mesmo valor que o dinheiro físico.
Apesar de ser uma moeda virtual, o real digital não é uma criptomoedas. Isso porque o valor do real digital é garantido pelo lastro da moeda fiduciária nacional, o que garante a sua estabilidade, além de sua emissão ser centralizada por um órgão governamental. O valor das criptomoedas é definido pelo mercado e a sua emissão é descentralizada.
